terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Índices de reprovação e entrevista

Nas ultimas aulas discutimos bastante sobre reprovação. Um dado importante do qual tomamos conhecimento é que os maiores índices de reprovação acontecem no 3ºano do ciclo e no 5ºano.
Depois de tanto discutirmos recebemos dua tarefas.

A primeira foi analisarmos em grupo os índices de aprovação, reprovação e abandono de uma escola pública. Meu grupo foi composto por Thalyne soares e Taynná Barcellos.


 Nós escolhemos  E.M. Professora Maria Jose De Oliveira, que fica em Duque de Caxias no  1º distrito.

Proficiência:




Dados distorção idade série:


Ideb

 Dados retirados do site www.qedu.org.br
Analisando os gráficos, verificamos um avanço considerável na proficiência dos alunos e na nota do Ideb. Mas mesmo  esses avanços não foram o suficiente para conter a distorção idade-série.



A segunda foi entrevistarmos uma professora também da rede pública sobre como é a realidade dela ao lidar com alunos que já passaram ou passam pela reprovação.
Nós entrevistamos uma colega de faculdade que é atuante no município de D. de Caxias.

  •  Como as Crianças se sentem/reagem após descobrirem que ficaram reprovadas?

R: Elas não ligam ! Eles falam assim com uma naturalidade "ficar reprovado?" e fazem assim ( chacoalhando os ombros com ar de desdém)


  •  Qual a sua maior dificuldade?

R:A maior dificuldade é que até o terceiro ano eles são obrigados a serem aprovados e quando chega no terceiro ano elas são empurradas com a barriga. Aí quando chega no terceiro eles ficam retidos. Eles já vem com dificuldades do 1º e 2º anos e quando chegam no 3º eles não conseguem acompanhar e ficam retidos. Aí retém esses alunos por 2 anos, E passam essa criança sem ela saber e quando chega no 5º ano, lendo como eu falo "catando cavaco". Lendo silabado , eles não conseguem acompanhar o resto da turma, mas são aprovados pro 6º porque a idade deles não é mais compatível com o 5º.



  •  Qual a sua opinião como professora, a solução é reprovar?

R: Eu acho que se ele não tem maturidade, nem condições pra estar no 5 ºano ele não tem como ir pro 6º.  Se ele não sabe escrever , se na hora de produzir um texto ele não sabe  escrever " Dinheiro" , como ele vai passar pra um 6º ano?
Eu tenho consciência de que isso não é um problema do 5º ano. isso começa lá na ed. infantil e vem se arrastando. É muito ruim você aprovar um aluno pro 6º ano que não tem condições, mas é muito ruim você reprovar um aluno com 16 anos? É uma situação muito complicada, porque eu sei que a dificuldade que esse aluno vai ter será muito maior. Só que também é complicado você reter esse aluno e ele  começar a faltar e  vai acabar abandonando a escola.

  •  Você acha que o número de defasagem por conta das reprovações é muito grande?

R:Sim, só na minha sala representa uns 25 a 30%  Mas isso acontece em todas as turmas. Tem alunos no terceiro ano que ta com 12/13 anos. E eu tenho alunos no 5º ano com 15/16 anos que já deveriam estar ensino médio. Isso (defasagem) a partir do 3º é natural.

  •  Você acha que o ciclo funciona?
R: Eu , não sei. Quando você trabalha com um aluno desde o primeiro ano, você conhece a criança, a sua turma. Você sabe quem que precisa de mais atenção. Agora quando você trabalha com a criança um ano,vem outro professor até ele conseguir ganhar a turma ele já perdeu dois, três, quatro meses e um ano não dá! Um ano é pouco.






Jéssica Vasconcelos
UERJ-FEBF



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Reprovação é a solução?

Durante as aulas 6,7 e 8 discutimos sobre reprovação e suas consequências.
 Começamos apresentando nossas reflexões sobre o artigo repetência erro se repete cada ano, Neste artigo vemos que o Brasil vem pagando um alto preço por sua atual politica de aprovação.
Nossas sistema de ensino falha junto com a "falha" dos nossos alunos.

 A reprovação está intimamente ligada a avaliação. Avaliações essas que só servem pra mensurar em números quem são os "capazes" ou não. A avaliação não deve ser só produto final de nossas aulas. Nós como professores devemos usar as avaliações, não só pra avaliar nossos alunos. Mas para avaliarmos também as nossas práticas.

Existem "N" fatores que resultam na reprovação do aluno. Não é o aluno que se reprova. Dizer as nossas crianças que elas não vão além, só vai fazer com que elas acreditem que não são capazes de ir mesmo! Assim como já disse no post anterior, a escola deve assegurar que todos tenham condições de chegar ao destino final, com uma educação de qualidade.

 Nós como profissionais nos sentimos perdidos diante da difícil missão de aprovar/reprovar nossos alunos. Nossos parâmetros  de avaliação ainda não são bem delimitados. O ciclo não é efetuado de maneira correta, e nós continuamos passando a frente esse "problema" (aluno), que no próximo ano não será mais nosso.

 Mas quem será que realmente fica com o problema, são os professores do ano seguinte , ou nossos alunos? Que vivem em um sistema de opressor e de decoreba, que está bem longe de os levar a ser cidadãos livres, críticos e pensantes!?

 Ao pensar nesses alunos a imagem que me vem a cabeça é do juquinha da musica estudo errado- Gabriel Pensador.



 Nossos alunos são cada vez mais Juquinhas que  quando perguntados sobre o que aprendem na escola, respondem :"Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci.Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi."

 Chegamos a conclusão, que, se tratando do tema aprovação/reprovação ainda tem muito o que ser pensado e discutido. Só com  muita reflexão, estudo e comprometimento, de todas as partes é que vamos sair deste triste quadro de deficit na aprendizagem e altos índices de reprovação no final dos ciclos.


Jéssica Vasconcelos
UERJ-FEBF

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PPP

 Na aula do dia 22/10 tivemos um debate sobre o que é o PPP?  Nossas considerações foram feitas a partir do  texto"Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva" onde autora nos leva a pensar e a refletir sobre o que é e o que representa o PPP.

 No texto a autora ressalta a importância do Projeto Político Pedagógico. Ela deixa bem claro que que o mesmo não é só um montante de papeis. O PPP  é praticamente a aula da escola é nele que serão definidos quais são os parâmetros que a escola ira seguir.


Ilma diz que uma das funções do PPP é "resgatar a escola como espaço político,lugar de debate,de dialogo, fundado na reflexão coletiva."

A autora também enumera os cinco princípios norteadores do PPP:  Igualdade, Qualidade, Gestão democrática, Liberdade e Valorização.


  • Igualdade-  Apesar das desigualdades no ponto de partida, é dever da escola assegurar a igualdade durante o percurso até a chegada.
  • Qualidade-  A qualidade de ensino não pode ser privilegio de poucos.  Um bom PPP visa a qualidade de ensino para todos não a quantificação de dados estatísticos.
  • Gestão democrática- Ilma defende a gestão democrática, onde pais, professores, alunos e equipe pedagógica , onde todos juntos participam efetivamente da construção do PPP.
  •  Liberdade-  Conceito de autonomia pedagogia. 
  • Valorização-  A valorização do magistério como ponto central. Os profissionais não precisam só de melhores salários, mas também de melhores condições de trabalho,de espaço para  formação continuada.
 Para concluir a autora ressalta a importância da desfragmentação da formação do núcleo escolar. O mesmo deve ser pensado e feito ativamente pela sociedade que o envolve. Deve ser libertário e revolucionário.




Jéssica Vasconcelos
UERJ-FEBF

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade"

Na ultima aula discutimos alguns textos do documento  "Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade". 

Fomos separados em grupos e cada grupo ficou com um artigo.
O meu grupo ficou com o texto Letramento e Alfabetização: pesando a prática pedagógica- Telma Ferraz Leal, Eliana Borges Correia de Albuquerque e Artur Gomes de Morrais.
Objetivo principal deste texto é mostrar a importância de se alfabetizar letrando.

"Nossa proposta agora é de refletir de forma mais a profundada sobre aqueles aspectos construtivos de uma prática de alfabetização na perspectiva do letramento" (p.71)


 Ao longo do texto contamos com várias experiências que nos ajudam a pensar em como por esses conceitos em prática.




Vídeo Atualizado Corrigido pelo prof: Alfabetização from thalyne300393



Espero que tenham gostado!
Jéssica Vasconcelos
UERJ-FEBF

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Conversas com uma O.P. de Caxias

No dia 1º de Outubro , recebemos a visita da Cláudia Lino que é O.P. da rede de D. de Caxias e já têm 20 anos de prática docente.

Primeiro à Cláudia se apresentou , fez a síntese da sua formação. E contou o principal motivo pelo qua,l ela resolveu estudar o PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa). Ela disse que sua primeira intenção era de refutar o PNAIC, mas para sua surpresa  o Plano foi uma oportunidade dela ter um trato com os professores, que ela nunca tinha tido antes. Mas Cláudia também fala, que nem tudo dão flores. Que o Plano têm problemas, sim!  Que isso vem desde a aprovação; porque o plano diz  todos alfabetizados ao final do 3º ano do ensino fundamental. mas  que o PNE diz é todos alfabetizados até os 6 anos.

Mas por que defendemos o Ciclo?

Cláudia explica o Ciclo. Como ele funciona , o porquê dele não funcionar e as dificuldades de se por o Ciclo em prárica. Cláudia diz que os principais problemas do Ciclo são a descontinuidade e fragmentação das turmas. Que esse tipo de acontecimento é um desrespeito a estrutura do ciclo. Que na prática se deveria ir com a mesmo professora até o terceiro ano. Que a troca de turmas e o enxerto de novos alunos prejudica na formação e na identidade daquela turma.

 Cláudia também falou de algumas práticas propostas pelo plano e levou uma rotina  pra exemplificar como é a prática docente  nas escolas públicas aqui de Duque de Caxias. Ela também abordou nossa postura como futuros professores alfabetizadores, na hora de trabalhar a prática de leitura e escrita. De que a cópia não é um pecado, quando meu aluno já tem  prática de leitura e escrita alfabética. Que pecado é eu pegar um aluno não alfabético e passar cópia. Ela levou alguns exemplos de como é que o nosso aluno que ainda não tem os domínio dos conhecimentos sobre esses códigos, se sente quando se depara com um quadro inteiro para copiar.


Rotina de D. de Caxias

 Durante toda a aula fomos levados a pensar na nossa prática como professores e  a ver que o Ciclo e o PNE não são um bicho de 7 cabeças. Cláudia também deu algumas dicas de sites e materiais para estudarmos  e usarmos em sala de aula.

Entre eles estão:




Espero que tenham gostado!
 Jéssica Vasconcelos